A partir de hoje a REAJVCHA-RJ esta dando início a mobilização virtual sobre Morte Materna, gostaríamos de contar com a sua participação nesse momento, nos ajudando na divulgação para que possamos ter um grande número de pessoas informadas e sensibilizadas sobre este assunto de grande importância para a saúde da mulher.
Contamos com a sua participação durante essa ação tão importante, ela terá duração de um mês com o término no dia 29/05/2012.
"Juntos somos mais fortes, sempre !!!"
REAJVCHA-RJ
Fique ligad@!
Segundo a OMS (Organização
Mundial de Saúde), “morte materna” é todo falecimento causado por problemas
relacionados à gravidez ou ao parto ou ocorrido até 42 dias depois. No Brasil,
a taxa oficial de mortalidade materna é de 68 mortes de mulheres para cada 100
mil nascidos vivos (2010). Estima-se que 40% das mulheres que vivem nos países
em desenvolvimento dão à luz sem ajuda médica. Calcula-se que aproximadamente
18 milhões de mulheres ficam inválidas ou com doenças crônicas em razão de
problemas durante a gravidez. Por falta de acesso a informações e
contraceptivos e pela realização de abortos inseguros, o risco é mais alto para
as jovens entre 15 e 19 anos. A taxa de mortalidade materna nessa faixa etária
é duas vezes maior que a das mulheres entre 20 e 24 anos. Em outras palavras,
para muitas meninas a gravidez é quase uma sentença de morte. Documento do
FNUAP aponta que cerca de 13 % das mortes maternas são causadas por abortos
realizados em más condições. As principais causas da mortalidade materna são a
hipertensão arterial, a hemorragia, as complicações decorrentes do aborto
realizado em condições inseguras, a infecção pós-parto e as doenças do aparelho
respiratório. Muitas vezes a realização de exames simples pode prevenir
complicações para a grávida e para o bebê. Por vezes, as mulheres correm riscos
porque não se sabe que elas têm pressão alta ou diabetes. Além disso, o risco
de morte materna está diretamente relacionado ao nível socioeconômico das
mulheres. Pesquisas mostram que o maior índice no Brasil é de mulheres pobres,
em especial as mulheres negras. As mortes maternas geralmente estão
relacionadas à falta de acesso a serviços de saúde de qualidade, principalmente
nas áreas rurais. Além do despreparo dos profissionais de saúde, da falta de
humanização do atendimento e de serviços funcionando em condições precárias,
também contribuem para esse grave problema as condições sociais e econômicas
desfavoráveis das mulheres, que incluem pouca escolaridade, baixa renda e
desemprego. A falta de acesso e o uso inadequado de métodos anticoncepcionais,
além do número insuficiente de serviços para o atendimento da mulher vítima de
violência sexual, também resultam em um grande número de gestações indesejadas
e, consequentemente, na realização de abortos clandestinos, feitos sem
condições de segurança, que aumentam os riscos de morte materna. Embora no
Brasil grande parte das gestantes faça o pré-natal, ainda falta qualidade na assistência.
É preciso também que haja maior organização das maternidades para que a
gestante saiba, ainda durante o pré-natal, em qual hospital irá dar à luz. Para
reduzir o número de mortes maternas no país é preciso ter mais total atenção ao
pré-natal. Esta é a proposta do Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade
Materna, lançado pelo governo brasileiro em março de 2004. A Meta do Milênio
das Nações Unidas estabelece taxa de 35 mortes maternas para cada 100 mil
nascidos vivos até 2015. Para alcançá-la, o Brasil precisa reduzir a taxa atual
pela metade.
Você sabia?
A mortalidade materna é uma
das áreas em que não se registrou nenhum progresso desde a Conferência
Internacional sobre População e Desenvolvimento, realizada no Cairo em 1994. Na
ocasião, o Brasil, ao lado de mais 178 países, assinou a Plataforma de Ação da
Conferência do Cairo. Nesse documento os países signatários reconhecem que a
morte materna atinge de forma desigual os países desenvolvidos e os em
desenvolvimento e comprometem-se a reduzir de maneira significativa à
mortalidade materna até 2015.
Pacto
Nacional pela Redução da Mortalidade Materna
(Brasil,
2004)
Se as mortes maternas estão
diretamente relacionadas à deficiência da qualidade dos serviços de saúde
oferecidos às mulheres, reduzir a mortalidade materna é um desafio que deve
envolver governos, serviços e profissionais de saúde e toda a sociedade. Para
enfrentar esse desafio, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,
lançou no dia 8 de março o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e
Neonatal. A meta do Pacto é reduzir em 15% os atuais índices de mortalidade
materna e neonatal (de recém-nascidos) até o fim de 2006, e em 75%, até 2015.
Ações estratégicas do Pacto Nacional
Formulado pela Área Técnica de
Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, o Pacto envolve as secretarias
municipais e estaduais de saúde, associações médicas e ONGs, e está propondo
diversas ações, entre elas:
Articular programas governamentais, como os
de Saúde da Mulher, da Criança, do Adolescente, Programa de Saúde da Família,
Urgência e Assistência Farmacêutica;
ü Estimular a participação dos
conselhos estaduais e municipais de saúde na definição de conteúdos e
estruturação do pacto nacional;
ü Qualificar e humanizar a
atenção ao parto, ao nascimento e ao aborto legal;
ü Assegurar à gestante o direito
ao acompanhamento antes, durante e depois do parto, incluindo alojamento
conjunto;
ü Garantir que mulheres e
recém-nascidos não sejam recusados nos serviços de saúde e que sejam assistidos
até a transferência para outra unidade;
ü Dar às mulheres acesso ao
planejamento familiar;
ü Apoiar ações de suporte social
para gestante e recém-nascidos de risco.
O intuito da
REAJVCHA-RJ através desta mobilização virtual é informar e sensibilizar redes,
grupos, blogs, sites, ONGs, fóruns e tod@s da sociedade civil. Contamos com a
sua participação para que ocorra uma conscientização ao maior número de pessoas
possíveis. “Junt@s pelos Direitos das
Mulheres e a Redução da Morte Materna!”
REAJVCHA-RJ
reajvcharj.blogspot.com.br
reajvcha_rj@hotmail.com
Bibliografia
http://www.redesaude.org.br
http://www.saude.rs.gov.br
http://www.redemulher.org.br
2 comentários
Olá REAJVCHARJ, importantes informações e ações parabens.
ResponderExcluirparabens meninas eu amo vocês saibam que vocês são nossas ativistas e muito mas informações do futuro
ResponderExcluirMarlene Paulino Rodrigues RNP+RJ