Nossa História
ORIGEM DO DOCUMENTO: REDE JOVEM RIO+
DESTINO: CONHECIMENTO GERAL.
NÚMERO DE PÁGINAS: 03 (TRÊS).
NÚMERO DO DOCUMENTO REGISTRADO EM ATA: 20140210/0002-RJ
DATA: 10 DE FEVEREIRO DE 2014.
HISTÓRICO DA REDE JOVEM RIO+
Com o fortalecimento adquirido no IV Encontro de
Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/AIDS em Curitiba/PR, os participantes de
sorologia positiva da RNAJVHA (Rede
Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/AIDS), sentiram a necessidade
de iniciar sua militância juvenil no Estado do Rio de Janeiro, vindo a fundar a
REAJVHA-RJ (REDE ESTADUAL DE
ADOLESCENTES E JOVENS VIVENDO COM HIV/AIDS DO RIO DE JANEIRO) ao final dos
encontros de Jovens vivendo com HIV/AIDS iniciados em 2006. A primeira
articulação para a criação dessa rede se deu no final do evento, no quarto do
hotel onde se encontrava hospedada a delegação jovem vivendo com HIV/AIDS do
Estado do Rio de Janeiro. Posteriormente, foi realizado um novo encontro no Rio
de Janeiro para estruturar a Rede Estadual de Jovens Positivos, que seria
organizada e coordenada por adolescentes e jovens de sorologia positiva. A
partir de então, buscaram-se parceiros para realizar reuniões e elaborar uma
agenda inicial, e, assim sedimentar a ideia embrionária.
Em 17 de setembro de 2009, ocorreu o primeiro
encontro formal da REAJVHA-RJ, com a presença de 14 jovens vivendo com
HIV/AIDS, conforme registrado em lista de presença na sede do GPV-RJ (ONG Grupo Pela Vidda do Rio de
Janeiro).
Como espaço de participação social desprovido de
instituição juridicamente constituída, os jovens buscaram parceria com
organizações já devidamente constituídas e de idoneidade ilibada no movimento, para
desenvolver seu trabalho em nível estadual.
As organizações GPV-RJ e GPV-NIT, ambas com experiência em atividades de convivência com
pessoas vivendo com HIV/Aids, imediatamente cederam espaços em suas sedes
sociais para que a REAJVHA-RJ tivesse onde se encontrar e dar continuidade à sua
missão pela RNAJVHA, qual seja:
“Apoiar e unir os adolescentes e jovens vivendo com
HIV/AIDS, bem como elaborar e implementar respostas, ações e políticas públicas
contra os estigmas e impactos do HIV/AIDS para os mesmos”. (Carta de Princípios
da RNAJVHA, em fase de aprovação final). Com o apoio dessas organizações, as
reuniões eram realizadas todas as segundas quartas-feiras de cada mês,
revezando as sedes sociais conforme disponibilidade de suas agendas de
atividades.
Nas reuniões, aconteciam oficinas, workshops,
dinâmicas, palestras específicas, muito diálogo e troca de experiências entre
os participantes. Todas as atividades dos encontros eram exaustivamente
discutidas e a pauta dos encontros seguintes era definida em consenso,
abrangendo interesses e necessidades dos jovens da REAJVHA-RJ, buscando a sua
formação, treinamento e capacitação para melhor exercício da cidadania e luta pela
causa HIV/AIDS.
Em outubro de 2010, aconteceu o I Encontro Regional
de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/AIDS da Região Sudeste, no estado de
São Paulo. Alguns membros/participantes da REAJVHA-RJ estavam presentes. Nesse
encontro, foram reforçadas algumas ideias/sugestões, dentre as quais a necessidade
de que as pessoas soropositivas para HIV/AIDS conhecessem e pudessem defender todos
os seus direitos.
Na reunião mensal da REAJVHA-RJ de março de 2011,
os presentes optaram democraticamente pela mudança da sigla para REAJVCHA-RJ (figura 1), acrescentando a
letra C, que representa CONVIVENDO, para contemplar a
participação já pré-existente de adolescentes e jovens que convivem com soropositivos
para o HIV/AIDS. “Se queremos uma sociedade unida e sem preconceitos, por que
não unir adolescentes e jovens vivendo e convivendo?” (fala de um jovem). A
partir de então, podem participar da rede adolescentes e jovens com idade entre
14 a 29 anos vivendo ou convivendo com HIV/AIDS. Caso um membro ultrapasse essa
faixa etária, é possível sua atuação como facilitador da rede. Nessa mesma
reunião, foram também criados alguns pontos/regras que devem nortear o
comportamento dos integrantes em todos os eventos de que participam, sejam eles
organizados pela REAJVCHA ou não. A saber:
Regras de Convivência:
1- Todos os Jovens vivendo com HIV/AIDS tem livre acesso ao grupo secreto do Facebook REAJVCHA-RJ;
2- Os Convivendo, só poderão ser adicionados por um vivendo, que será responsável pelo mesmo;
3- São considerados convivendo, Pais, Mães, Irmãos, Namorados, Maridos, esposas e amigos que sejam ou queiram ser ATIVISTAS NA CAUSA HIV/AIDS;
4- São Considerados profissionais de saúde, médicos, psicólogos, farmacêuticos, educadores físicos, nutricionistas, assistentes sociais, enfermeiros e outros profissionais de saúde graduados que trabalhem diretamente com pacientes ou a causa HIV/AIDS;
5- A participação da REAJVCHA-RJ é exclusiva para moradores do ESTADO DO RIO DE JANEIRO;
6- A Revelação da Sorologia de terceiros sem autorização, pode caber em expulsão do grupo e ação judicial como indicado pela lei LEI No 12.984, DE 2 DE JUNHO DE 2014. (Resguardado pelo GT Jurídico);
7- A REAJVCHA-RJ na participação interna como vivendo ou convivendo não se limita a idade de 14 a 29 anos para a participação, Sendo Vedado em Representações externas ao Estado do Rio de janeiro como, por exemplo:
Encontros Estaduais, Regionais, e Nacionais, salvo quando o mesmo for facilitador ou estiver na articulação e ou organização do evento;
8- Pela Rede ser de Adolescentes e Jovens, o uso de imagens de cunho pornográfico, sem cunho unicamente lúdico como em orientações a pratica sexual, será avaliado pelos representantes dos GT ́s (Grupos de trabalho) podendo ser excluída ou não;
9- O Direito de expressão é completamente livre a todos os integrantes da “Rede”;
10- O uso de palavras ofensivas ou palavrões pode ser analisado pelos moderadores, que podem excluir o tópico ou a postagem;
11- Não é permitido incentivar a interrupção de tratamento ou a propagação de notícias que possam incentivar a interrupção da Terapia Antirretroviral. As mensagens que forem conflitantes com essa regra serão excluídas pelos administradores;
12- O uso de imagens dos encontros e reuniões da “Rede” só poderá ser divulgado e publicado com autorização dos envolvidos, e não pode haver ligação direta com o movimento de HIV/AIDS sem que TODOS envolvidos no vídeo, ou foto ou novas tecnologias de imagem que possam aparecer o permitam, como exemplo pode ser utilizado (Encontro de amigos, passeio com amigos e etc.), mas será vedado o uso que faça ligação com o Movimento HIV/AIDS) essa regra tenta resguardar o sigilo individual de cada membro da rede e seu descumprimento esta diretamente ligado a regra 6; e
13- Todas as regras a cima podem ser alteradas com maioria de votos durante as reuniões mensais e ou encontros estaduais da Rede Estadual de Adolescentes e Jovens Vivendo e Convivendo com HIV/AIDS do Rio de Janeiro:
a) Salvo em caso de urgência, sendo necessário que a maioria dos representantes dos GTs considerando 50% +1, podem previamente modificar, ate a próxima reunião.
No início de 2011, a REAJVCHA-RJ recebeu um convite
da Srª Jane Portella para fazer parte do GGE/RJ
(Grupo Gestor Estadual do Rio de Janeiro) e compor a equipe do SPE/RJ (Programa Saúde e Prevenção nas
Escolas) ministrando oficinas de Prevenção, Direitos Humanos, Diversidade
Sexual e Vulnerabilidade.
Na reunião mensal de maio desse mesmo ano, os
jovens presentes reconheceram a necessidade da criação de uma logomarca que
representasse REAJVCHA-RJ. Os próprios jovens trouxeram modelos, dentre os
quais foi selecionada a marca registrada da rede do Rio de Janeiro (cf. marca
d’água deste documento).
Ainda em 2011, alguns adolescentes e jovens se
reuniram e escreveram o projeto “Capacitando e entendendo a mulher jovem na
busca da prevenção em DST, HIV/AIDS”. Como a REAJVCHA-RJ não é uma organização
jurídica, esse projeto contou com a parceria do GPV-NIT, sendo aprovado e implementado
em 2011/2012 pelo período de 1(um) ano.
Ainda em 2012, após a atividade de
formação “Interseccionalidades de raça, gênero e geração nas Políticas e
no Orçamento Público, com foco na saúde das mulheres negras”, promovida pelo UNFPA (Fundo de População das Nações
Unidas) em parceria com a ONG Crioula,
a REAJVCHA-RJ criou uma agenda em comum com essas organizações, prevendo ações
periódicas de mobilização pela redução de mortes maternas. No mês de junho, com
o espaço cedido pelo GPV-NIT e as cartilhas informativas do UNFPA, foi
realizada a oficina “Estamos tod@sJunt@s pelos Direitos das Mulheres e Redução
da Morte Materna”.
No Final de 2012, a REAJVCHA-RJ encerrou sua
parceria com o GPV-RJ, vindo a integrar o grupo CCA- Fiocruz em 2013, quando também firmou parceria com a ABIA (Associação Brasileira
Interdisciplinar de AIDS). Ainda em maio de 2013, a REAJVCHA-RJ colaborou com a
ABIA e CEDAPS (Centro de Promoção da
Saúde) no “Observatório de Assistência e Direitos Sociais em HIV/AIDS e co-infecções
do Rio de Janeiro” e, dois meses depois, participou do projeto “Diversidade
Sexual, Saúde e Direitos entre Jovens” conduzido pela ABIA com o apoio do MAF (MAC AIDS Fund).
Em agosto de 2013, a rede adotou uma segunda logomarca
(figura 2), com a finalidade de reunir todas as redes estaduais em uma mesma
linguagem, estabelecendo assim um padrão característico da região sudeste.
Ao final do mesmo ano, a REAJVCHA-RJ decidiu
redesenhar sua estrutura, dividindo sua administração e suas responsabilidades entre
os seguintes GTs (Grupos de Trabalho):
·
GT EVENTOS;
·
GT COMUNICAÇÃO;
·
GT POLÍTICA;
·
GT SAÚDE E EDUCACAO;
Concomitantemente, a REAJVCHA-RJ adotou nova
metodologia de registros de ata com números de protocolo e padrão único para todos
os documentos expedidos (cf. cabeçalho deste documento).
Desde sua fundação, a REAJVCHA-RJ concretizou mais
de 45 reuniões mensais (formais/não formais/capacitações), promoveu a
participação de mais de 25 jovens em (FÓRUNS/SEMINÁRIOS/COMISSÕES), atuou em
mais de 10 OFICINAS com sua base, realizou 18 encontros diversos (entre eles estaduais/regionais/nacionais)
e colaborou com mais de 25 trabalhos desenvolvidos junto ao SPE-RJ. A rede teve
ainda representação no XXXXX, enviando um de seus jovens como conselheiro da
CCA-FioCruz.
Na mídia nacional, a REAJVCHA-RJ concedeu uma
entrevista à rádio MEC em 2011. Em 2014, o jovem Ivan Monsores tornou pública
sua sorologia e discursou sobre o tema em uma matéria publicada pelo Jornal O
Globo. Ainda nesse ano, a rede participou de uma entrevista ao vivo transmitida
pela Rádio Nacional, foi divulgada pela cantora MC Transnitta (Camilla
Monforte) no programa “Casos de Família” do SBT e teve uma matéria gravada para
o programa “Fantástico”, da Rede Globo de Televisão.
A despeito de sua juventude, a REAJVCHA-RJ já
apresenta um histórico invejável de reconhecimento e êxito em todos esses
espaços da sociedade civil, do governo, das academias e ONG’s, desenvolvendo
trabalhos voltados aos adolescentes e jovens que vivem com sorologia positiva
para HIV/AIDS através dos esforços voluntários de seus participantes para
desempenhar suas funções ativamente, tanto no que compete ao repasse de
informações quanto à busca do conhecimento como um todo. Entretanto, é certo
que essa história não termina por aqui, uma vez que a luta por informação,
cidadania, saúde e dignidade para os adolescentes e jovens continua. Sempre
haverá muito que se pensar, propor e exigir para se verem resguardados os seus
direitos e supridas as suas necessidades.
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