Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
O que são direitos sexuais e direitos reprodutivos?
Dizem respeito a muitos aspectos da vida: o poder sobre o próprio corpo, a saúde, a liberdade para a vivência da sexualidade, a maternidade e a paternidade. Mas podemos dizer que dizem respeito, antes de qualquer coisa, aos acordos para a vida em sociedade e à cidadania.
Direitos reprodutivos – Compreendem o direito básico de todo casal e de toda pessoa escolher o número de filhos (as), o espaçamento entre um e outro; a oportunidade de ter filhos (as), de ter informação e meios de assim o fazer, gozando dos elevados padrões de saúde sexual e reprodutiva. Incluem os direitos:
- Direito das pessoas de decidirem, de forma livre e responsável, se querem ou não ter filhos, quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas.
- Direito a informações, meios, métodos e técnicas para ter ou não ter filhos.
- Direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de discriminação, imposição e violência.
- Direitos sexuais – Por sua vez, procuram garantir o direito de todas as pessoas.
- Direito de viver e expressar livremente a sexualidade sem violência, discriminações e imposições e com respeito pleno pelo corpo do (a) parceiro (a).
- Direito de escolher o (a) parceiro (a) sexual.
- Direito de viver plenamente a sexualidade sem medo, vergonha, culpa e falsas crenças.
- Direito de viver a sexualidade independentemente de estado civil, idade ou condição fÃsica.
- Direito de escolher se quer ou não quer ter relação sexual.
- Direito de expressar livremente sua orientação sexual: heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade, entre outras.
- Direito de ter relação sexual independente da reprodução.
- Direito ao sexo seguro para prevenção da gravidez indesejada e de DST/HIV/AIDS.
- Direito a serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo e atendimento de qualidade e sem discriminação.
- Direito à informação e à educação sexual e reprodutiva
Os direitos sexuais e os direitos reprodutivos de adolescentes e jovens:
Os (as) adolescentes e os (as) jovens têm direito de ter acesso a informações e educação em saúde sexual e saúde reprodutiva e de ter acesso a meios e métodos que os auxiliem a evitar uma gravidez não planejada e a prevenirem-se contra as doenças sexualmente transmissÃveis/HIV/AIDS, respeitando-se a sua liberdade de escolha.
A primeira relação sexual está acontecendo cada vez mais cedo. É muito importante que adolescentes e jovens estejam informados sobre sexo seguro, incentivando-se o uso da camisinha masculina ou feminina em todas as relações sexuais. Os serviços de saúde devem garantir atendimento aos (à s) adolescentes e aos (à s) jovens, antes mesmo do inÃcio de sua atividade sexual e reprodutiva, para ajudá-los a lidarem com a sua sexualidade de forma positiva e responsável, incentivando comportamentos de prevenção e de autocuidado.
Adolescentes e jovens têm direito a ter atendimento sem discriminação de qualquer tipo, com garantia de privacidade e segredo.
O que são Direitos Humanos?
Os Direitos Humanos são direitos fundamentais da pessoa humana. Esses direitos são considerados fundamentais porque, sem eles, a pessoa não é capaz de se desenvolver e de participar plenamente da vida.
O direito à vida, à alimentação, à saúde, à moradia, à educação, o direito ao afeto e à livre expressão da sexualidade estão entre os Direitos Humanos fundamentais.
Não existe um direito mais importante que o outro. Para o pleno exercÃcio da cidadania, é preciso a garantia do conjunto dos Direitos Humanos. Cada cidadão deve ter garantido todos os Direitos Humanos, nenhum deve ser esquecido.
Respeitar os Direitos Humanos é promover a vida em sociedade, sem discriminação de classe social, de cultura, de religião, de raça, de etnia, de orientação sexual. Para que exista a igualdade de direitos, é preciso respeito às diferenças.
A igualdade racial e entre homens e mulheres são fundamentais para o desenvolvimento da humanidade e para tornarem-se reais os Direitos Humanos.
Doenças Sexualmente transmissÃveis... O que é?
As doenças sexualmente transmissÃveis, ou DST, são doenças contagiosas transmitidas de uma pessoa para outra através do contato sexual. São pelo menos vinte e sete e para que ocorra a transmissão dessas infecções basta que o agente causador saia da pessoa contaminada e entre em contato com os órgãos genitais de outra pessoa.
As bactérias e os vÃrus responsáveis por essas doenças não resistem muito tempo fora dos genitais e assim, é considerada uma rarÃssima exceção quando ocorrem através de toalhas, lençóis e outros utensÃlios pessoais. Saber que está com uma DST é relativamente fácil: aparecem alguns sinais nos órgãos genitais como: corrimentos, feridas, verrugas e ardência ao urinar.
Se aparece um corrimento na vagina ou na uretra, por exemplo, a pessoa pode estar com gonorreia, candidÃase ou tricomonÃase. Já se surgem lesões nos genitais com feridas, podem ser sÃfilis, cancro mole, herpes ou linfagranuloma. O condiloma acuminado, por sua vez, é uma infecção onde aparecem verrugas na região genital e anal (masculina e feminina) lembrando uma couve-flor. No homem, esses sintomas aparecem no pênis alguns dias depois da contaminação. Mas, como os órgãos sexuais da mulher são internos, esses sintomas demoram mais para serem percebidos. Agora, bem mais complicado do que perceber que se está com uma DST, é acreditar que só as pessoas sujas ou que tem uma vida sexual "degenerada" se contaminam. Estas doenças não escolhem raça, classe social, sexo, religião.
Qualquer pessoa pode de pegar e a melhor coisa a se fazer é procurar imediatamente um/a médico/a ( a mulher um ginecologista e o homem um urologista) e avisar as pessoas com quem teve uma relação sexual. Tem muita gente que ainda acha que é só tomar uns antibióticos por conta própria e que a doença logo some. Isso é uma atitude muito perigosa porque, além de não curar a infecção, ainda pode tornar o organismo resistente aos antibióticos, fazendo com que o remédio não faça efeito, que a doença fique mais forte e a pessoa continua contaminando outras, sem saber.
A boa notÃcia é que a grande maioria das doenças sexualmente transmissÃveis tem cura, mas o melhor mesmo é se prevenir usando a camisinha em todas as relações sexuais. Já a AIDS... A SÃndrome da Imunodeficiência Adquirida, ou a AIDS como é mais conhecida, também é uma DST, mas que pode ser transmitida de outras formas além da relação sexual. Então, é bom saber que, o contágio pode ocorrer por meio de relação sexual, através do esperma e/ ou secreção vaginal contaminados; pelo uso de agulhas ou seringas contaminadas; pela transfusão de sangue contaminado; pela mãe portadora do vÃrus, para o/a filho/a, durante a gravidez, parto e amamentação.
Também não apresenta sintomas visÃveis como as outras doenças, são necessárias um exame de sangue para saber se uma pessoa se contaminou ou não. É uma doença provocada pelo vÃrus da imunodeficiência humana (HIV), que penetra nas células de defesa do organismo diminuindo sua capacidade imunológica; isto é, tornando as pessoas portadoras deste vÃrus vulneráveis a vários tipos de doença. Como ela acaba com as defesas do corpo, o que provoca a morte dos/as portadores/as são as infecções, como a pneumonia, por exemplo, e os tumores malignos que se desenvolvem no organismo sem defesa. Apesar de muitos cientistas estarem buscando conhecer mais sobre a AIDS e pesquisando formas de combatê-la, ainda não se chegou a nenhum tipo de medicamento capaz de acabar com o vÃrus.
Por enquanto, só foram descobertos alguns medicamentos que ajudam as pessoas contaminadas a viverem mais tempo e melhor. Por isso, é sempre bom lembrar que qualquer pessoa pode ser vÃtima de contaminação e que é preciso se prevenir sempre. E quando se fala em prevenção, o ideal é usar a camisinha em todas as relações sexuais do tipo genital, anal ou oral; exigir agulhas e seringas descartáveis quando tomar vacinas ou injeções e, no caso de usuários/as de drogas injetáveis, jamais dividir seringas e agulhas com outras pessoas; e, finalmente, só recebendo transfusão sanguÃnea de bancos de sangues e hospitais que fazem o teste de AIDS no sangue doado.
10 motivos para você falar sobre sexo em casa
1 - Porque sexo faz parte de nossa vida e precisamos aprender a falar sobre ele com a tranquilidade para podermos vivenciá-lo com prazer
2 - Porque precisamos aprender e ensinar aos nossos filhos o que é real e o que é preconceito ou crendice.
3 - Porque muitos jovens gostariam de falar sobre estes temas com seus pais mais se sentem envergonhados ou com medo e não conseguem tomar a iniciativa.
4 - Porque muitos médicos, psicólogos, professores e pesquisadores afirmam que meninas e meninos bem informados costumam iniciar a vida sexual mais tarde e com maior responsabilidade.
5 - Porque crianças e adolescentes costumam conversar sobre sexo com amigos e podem estar recebendo informações erradas, incompletas ou preconceituosas.
6 - Porque nos filmes e nas novelas da televisão sempre acontecem cenas de sexo e de relacionamento entre homens e mulheres e nem sempre de forma saudável e natural.
7 - Porque as crianças e os adolescentes que conversam com os pais e que tem educação sexual na escola têm maior possibilidade de entender que eles são responsáveis pela própria saúde, higiene e bem estar, assim como o de respeitar as pessoas com quem mais tarde terão relações sexuais.
8 - Porque o número de jovens contaminados pelo vÃrus da AIDS está aumentando.
9 - Para ensinar que sexo com amor e mais gostoso
10 - Para ensinar que a camisinha, hoje é uma prova de amor de respeito a si mesmo e ao outro.
Fonte:
http://www.adolec.br
Blog da REAJVCHA-RJ:
http://reajvcharj.blogspot.com.br/
REDE JOVEM RIO+
A REDE JOVEM RIO+ é um Movimento Social Estadual, sem vÃnculo polÃtico-partidário ou religioso, constituÃdo fundamentalmente por adolescentes e jovens entre 12 e 29 anos, atuando na inclusão social, na promoção do fortalecimento biopsicossocial e do protagonismo destes, independentemente de sexo, identidade de gênero, sexualidade, credo, cor, etnia, nacionalidade, naturalidade, escolaridade, classe social e sorologias
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